Entre os dias 12 e 20 de maio, a Faculdade de Enfermagem (Facenf) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e o Hospital Universitário da UFJF, em parceria com o Centro de Educação a Distância (Cead), realizaram a 22ª Semana de Enfermagem da Facenf/UFJF e Semana de Enfermagem do Hospital Universitário/Ebserh, de forma remota. O tema central da Semana de Enfermagem 2021 foi “O trabalho em Enfermagem no contexto de crise”.

Agradecimento foi a palavra mais pronunciada no evento, para lembrar o trabalho essencial da equipe de enfermagem, principalmente no último ano, com os inúmeros desafios trazidos pela pandemia de Covid-19.

A chefe da Divisão de Enfermagem, Paula Gazola, abriu a primeira cerimônia, no dia 12, comentando que a pandemia obrigou a equipe de enfermagem a adaptar o seu trabalho a uma nova realidade social, com o alento a pacientes, familiares e colegas de trabalho, que sofreram com agravos físicos, mentais e sociais. Dessa forma, a Semana da Enfermagem teve início com esse momento de homenagem aos profissionais de enfermagem que atuaram em várias frentes durante a pandemia: assistência, ensino, gestão, superintendência e reitoria. “São profissionais que se destacam pela liderança de sucesso e nos mostram a nova cara da enfermagem moderna”, enfatizou.

Já no segundo do evento, dia 13, “O trabalho interdisciplinar em inovações tecnológicas no contexto da pandemia: a experiência da enfermagem” foi o tema da palestra ministrada pelos professores Exuperry Costa e Pedro Almeida. Segundo Exuperry, o objetivo da palestra foi inteirar os alunos da Facenf acerca de ações conjuntas, mostrando como foi possível contribuir com o saber da Enfermagem. “Foi um evento muito proveitoso, no qual trocamos ideias sobre o desenvolvimento de respiradores, máscaras de VNI, a produção de faceshields, caixas de intubação, e também sobre a supervisão de câmaras de conservação de vacinas”, relata.

No dia 14, às 18h, foi a vez da palestra “O trabalho do docente no contexto da pandemia – Relato do coord. do curso de Enfermagem da UFJF/ UFV”, que contou com a participação dos professores Thiago Nascimento da Faculdade de Enfermagem da UFJF e Andréia Siman, Coordenadora do Curso de Enfermagem da UFV. Durante a ocasião, foi apresentado o envolvimento dos docentes dos respectivos cursos em ações de combate à pandemia.

A primeira palestra “A rotina de um Residente de Enfermagem na UTI COVID”, do dia 17, às 18h, foi aberta por Ingrid Arbex Guimarães e teve como objetivo relatar a rotina e as atividades desenvolvidas pelo enfermeiro na UTI COVID . Em sequencia, às 19h, foi vez da palestra “Assistência de enfermagem para a Prevenção de lesão por pressão nos pacientes com Covid”, ministrada pela professora Paula Nogueira . Na ocasião, a professora discorreu sobre um evento adverso frequente em paciente hospitalizados com COVID-19, a lesão por pressão, e também, a assistência de enfermagem para prevenção desta lesão.

No dia 18, às 19h, Bruno Farias, apresentou a palestra “Projeto de Lei 2295/2000 – jornada de trabalho 30 horas e Projeto de Lei 2564/2020, que estabelece piso salarial para enfermagem.

Na tarde do dia 19, das 13 às 17h, aconteceu a apresentação dos trabalhos científicos. Já as 19h a professora Erika Andrade apresentou a palestra “A experiência da Universidade Federal de Juiz de Fora em prol da vacinação dos profissionais de Saúde”, que visou contar um pouco da atuação da UFJF e da Faculdade de Enfermagem na imunização dos profissionais de saúde do município. “ Falamos como foi a participação e contribuição da Facenf, como o município de Juiz de Fora seguiu os critérios para poder vacinar os profissionais de Saúde e como foi a estrutura montada para esta ação”, revela Erika.

Encerrando o ciclo de palestras, Clodis Morhan Tavares apresentou a falou sobre o tema “Liderança da enfermagem relacionada a doenças negligenciadas como a tuberculose e hanseníase”. De acordo com o diretor do curso de Enfermagem da UFJF, Marcelo Alves, a ação teve como objetivo discutir a importância do trabalho da enfermagem em momentos de instabilidade, uma vez que essa atividade, historicamente, foi construída como uma prática social ao longo das dificuldades mundiais, como em situações de guerra e escassez. “A enfermagem sempre esteve presente nos momentos de adversidades, de epidemias e pandemias. Com isso, a ela tem se agregado uma experiência muito importante nos momentos de fragilidade social e, principalmente, no contexto de menos valia da existência”, finaliza.