A Faculdade de Enfermagem (Facenf) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e o Hospital Universitário da UFJF, em parceria com o Centro de Educação a Distância (Cead), realizarão, entre os dias 12 e 20 de maio, a 22ª Semana de Enfermagem da Facenf/UFJF e Semana de Enfermagem do Hospital Universitário/Ebserh, de forma 100% on-line, devido ao cenário atual da pandemia em que vivemos. O tema central da Semana de Enfermagem 2021 será “O trabalho em Enfermagem no contexto de crise”.

A crise enfrentada mundialmente nos levou a mudanças importantes nos paradigmas profissionais nacionais. Novos elementos importantes ao cuidado e ao posicionamento profissional foram acrescentados ao contexto do trabalho nacional da Enfermagem. Segundo a Chefe da Divisão de Enfermagem do HU, Enfermeira Paula Regina Filgueiras Gazola, o enfrentamento da crise sanitária trouxe questionamentos relacionados ao sistema de saúde público e privado, além de determinarem novas práticas assistenciais, fortalecidas pelo conhecimento técnico e científico de uma profissão reconhecidamente qualificada como essencial ao enfrentamento da pandemia.

“No transcurso do evento, deverá ser dada ampla divulgação às atividades da Enfermagem, em que será posta em relevo a necessidade de congraçamento da classe e suas diferentes categorias profissionais, bem como estudados os problemas cuja solução possa resultar numa  melhor prestação de serviço ao público”, comenta Paula Gazola.

De acordo com o diretor do curso de Enfermagem da UFJF, Marcelo Alves, a ação visa sinalizar o dia Internacional da Enfermagem, 12 de maio, dia em que a profissão comemora o seu protagonismo como uma ciência e disciplina. Além disso, o evento tem como objetivo discutir a importância do trabalho da enfermagem em momentos de instabilidades, uma vez que essa atividade, historicamente, foi construída como uma prática social ao longo das dificuldades mundiais, como em situações de guerra e escassez. “A enfermagem sempre esteve presente nos momentos de adversidades, de epidemias e pandemias. Com isso, a ela tem-se agregado uma experiência muito importante nos momentos de fragilidade social e principalmente no contexto de menos valia da existência”, comenta.

“A cada crise que enfrentamos e superamos as dificuldades, vamos nos modificando, encontrando novas ferramentas, novos suportes e novas condições de atender às demandas. Quando falamos que vamos trabalhar a enfermagem em situações de crise, estamos possibilitando que a sociedade veja que ela é uma prática social historicamente construída e que almeja o bem estar social”, conclui.